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👩👧 “Cuidei dos meus filhos, parei de trabalhar. Isso conta pra minha aposentadoria?”
👩👧👦 Nessa edição, veremos como o tempo dedicado à família pode contar para sua aposentadoria. 📋 Mesmo sem emprego formal, há formas de registrar esse período no INSS. 🔍 Entenda o que vale, o que pode ser comprovado e como retomar seu planejamento. 💡 Seu cuidado também importa — e pode virar tempo de benefício.

Principais Tópicos
💬 Parei tudo para cuidar da família. E agora, perdi minha aposentadoria?
Durante a vida, muitas mulheres pausam suas carreiras — ou nem chegam a ingressar formalmente no mercado de trabalho — para cuidar dos filhos, da casa ou de familiares que precisam de atenção integral.
Esse cuidado, embora essencial para a sociedade, quase sempre é invisível para o INSS.
Mas isso não significa que você perdeu seus direitos.
Muita gente acha que só quem tem carteira assinada tem direito à aposentadoria — e isso não é verdade.
A boa notícia é que existe sim a possibilidade de aproveitar esse tempo, desde que analisado corretamente e com a documentação adequada.
A dúvida que fica é: em quais situações esse tempo pode ser considerado pelo INSS?
É isso que vamos explicar nos próximos tópicos 👇
🧾Quem nunca contribuiu pode começar agora (como dona de casa)
Mesmo que você nunca tenha contribuído com o INSS, é possível iniciar suas contribuições como segurada facultativa, o que é permitido para qualquer pessoa maior de 16 anos que não exerce atividade remunerada.
Esse é o caso clássico de muitas mulheres que, por anos, se dedicaram ao lar e à criação dos filhos. Elas não trabalharam "fora", mas estavam todos os dias ocupadas com tarefas que sustentam o funcionamento de uma família — e isso merece reconhecimento e proteção previdenciária.
Há ainda um benefício adicional: para quem está registrada no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais), é possível contribuir com apenas 5% do salário mínimo por mês. Em 2025, isso representa R$ 70,60 por mês.
Essa contribuição já é suficiente para garantir:
aposentadoria por idade (se cumprir carência e idade mínima),
acesso ao auxílio-doença,
salário-maternidade,
pensão por morte para os dependentes.
👉 Importante: mesmo que você nunca tenha contribuído, ainda dá tempo de começar e proteger seu futuro.
👩🌾 Período rural com cuidado da família pode contar
Muitas mulheres vivem no campo e, mesmo sem emprego formal, ajudam nas atividades da roça, com os animais, nas colheitas, ou nos afazeres que sustentam a economia da casa. Isso é chamado de trabalho rural em regime de economia familiar.
Esse tempo pode ser reconhecido como tempo de serviço, mesmo sem carteira assinada, desde que existam provas — como:
declaração de sindicato rural,
notas fiscais em nome da família,
documentos da propriedade ou arrendamento,
certidões escolares ou médicas com endereço rural.
📌 Detalhe importante: esse tempo não exige contribuição ao INSS, pois a atividade rural familiar já garante esse direito se comprovada.
Ou seja, você pode ter direito à aposentadoria rural, mesmo que nunca tenha contribuído formalmente — desde que comprove que trabalhava e vivia no meio rural com a família.
🍼 Maternidade e afastamento por filhos doentes: isso entra no cálculo?
Sim! Se você teve filhos e recebeu salário-maternidade, esse período entra no cálculo do tempo de contribuição normalmente.
Inclusive, mesmo que você não tenha vínculo empregatício, é possível receber salário-maternidade como contribuinte individual ou facultativa — desde que esteja em dia com suas contribuições.
Além disso, se você parou de trabalhar ou nunca contribuiu porque precisou cuidar de um filho com deficiência ou com alguma doença grave, pode ser o caso de buscar o BPC/LOAS, um benefício assistencial garantido pela Constituição — desde que cumpridos os requisitos de renda por pessoa da família e grau de deficiência/incapacidade.
👩⚖️ Há também debates jurídicos e teses defendendo a contagem de tempo diferenciado para mulheres que criam filhos, reconhecendo o trabalho invisível da maternidade como algo que deveria impactar na aposentadoria. Embora essas teses ainda não estejam consolidadas, representam avanços em debate.
🧠 E se eu voltar a trabalhar agora? Perdi tudo?

De forma alguma! Todo o tempo que você já contribuiu antes de pausar sua carreira continua valendo e pode ser somado com novas contribuições no futuro. O INSS não zera seu histórico — ele acumula.
O mais importante é entender como retomar as contribuições de forma inteligente:
Você pode voltar ao mercado de trabalho com registro em carteira;
Ou pode começar a contribuir como autônoma, MEI ou segurada facultativa.
Além disso, ao voltar a contribuir, você recupera sua qualidade de segurada, que é o que garante acesso a benefícios como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade.
📢 Dica: não precisa esperar estar em uma situação financeira perfeita para começar. Mesmo com pequenas contribuições mensais, você já está protegida.
💬 Cada história é única — e merece atenção
O Direito Previdenciário não é automático nem padronizado. Cada caso tem sua história: uma mulher que cuidou dos filhos por 10 anos em casa; outra que trabalhou na roça desde criança; outra que alternou empregos e pausas pela maternidade…
O que todas essas histórias têm em comum é que merecem ser estudadas com cuidado. Muitas mulheres acham que não têm direito a nada — e, quando vão verificar com um profissional, descobrem que têm tempo suficiente para se aposentar, ou que falta bem menos do que pensavam.
📌 Uma boa análise do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), mais a reunião de documentos e estratégia correta, pode transformar o seu futuro previdenciário.
📌 E a sua história, como está registrada no INSS?
Se você pausou sua carreira para cuidar da família, é hora de verificar se esse tempo está sendo aproveitado como deveria.
📲 Agende uma análise do seu CNIS e receba orientação personalizada para garantir seus direitos.
Não deixe que o tempo dedicado aos outros apague o seu futuro.
✨ Resumo prático: o que pode contar para aposentadoria?
✅ Tempo como contribuinte facultativa (inclusive dona de casa)
✅ Tempo rural em regime de economia familiar
✅ Salário-maternidade
✅ Períodos anteriores registrados no CNIS
✅ Tempo retomado com novas contribuições
🙋♀️ Você se dedicou ao cuidado. Agora, cuide também do seu futuro.
Se você parou de trabalhar para cuidar dos filhos, não significa que perdeu seus direitos.
Com planejamento, informação e apoio, é possível construir uma aposentadoria digna — mesmo com uma trajetória fora do padrão.
📩 Quer entender o seu caso? Estamos aqui para ajudar.
Seu cuidado merece reconhecimento — e aposentadoria também.
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📖Leitura ao Futuro💡
Seja bem-vindo a mais uma edição do leitura ao futuro, o nosso espaço dedicado aqueles que buscam recomendações de livro que podem agradar advogados, juízes, estudantes e entusiastas da área do direito.
e o livro de hoje é:

Em uma pequena vila no sul da Itália, um padre morre em circunstâncias misteriosas e logo começa a ser cultuado como santo pela população local. A Igreja Católica, cautelosa, envia um sacerdote inglês — um advogado do Vaticano — para investigar se esse homem realmente merece ser canonizado.
O que parece ser uma missão de rotina se transforma em um embate intenso entre fé, razão, política e segredos enterrados.
À medida que o inquérito avança, o protagonista é forçado a confrontar não apenas os fatos sobre o suposto santo... mas também suas próprias crenças e escolhas de vida.
🏆 Prêmios e reconhecimentos
“O Advogado do Diabo” não recebeu grandes prêmios literários internacionais, mas foi um best-seller mundial e consolidou a reputação de Morris West como um dos escritores mais respeitados do século XX em temas ligados à espiritualidade, moral e instituições religiosas.
O livro foi adaptado para o cinema em 1977, com Elliott Gould no papel principal, numa produção britânica.
🤔 Curiosidades sobre o livro
Morris West foi monge beneditino antes de se tornar escritor — o que dá ao livro uma profundidade única sobre os bastidores da Igreja Católica.
A obra foi publicada em 1959 e, até hoje, é usada em cursos de ética, direito e teologia.
O título inspirou o nome do famoso filme “O Advogado do Diabo” com Al Pacino e Keanu Reeves — mas as histórias não têm nenhuma ligação além da metáfora do advogado que precisa questionar tudo.
✅ Por que recomendamos este livro?
💬 Reflexivo: Aborda o papel da verdade, da moral e da justiça de forma profunda, mas com narrativa acessível.
⚖️ Jurídico com alma: Mostra como um processo investigativo pode ir muito além dos autos, afetando diretamente quem conduz a investigação.
🧠 Filosófico e humano: Toca em temas como culpa, redenção, fé e hipocrisia institucional.
✍️ Bem escrito e envolvente: Mesmo sem ação ou tribunais dramáticos, prende o leitor com tensão ética e psicológica.
🤝 Até a próxima — e me conta sua história!
Se esse conteúdo falou com você ou com alguém que você conhece, compartilhe.
E se você já passou por uma pausa na carreira para cuidar da família, quero saber: como foi essa experiência?
📩 Responda este e-mail ou me envie uma mensagem — vou adorar conversar com você!
Nos vemos na próxima edição do Direito ao Futuro ✨
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